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terça-feira, 15 de setembro de 2015

NÃO DESISTA.


AINDA RESTA UMA ESPERANÇA...
MARCOS 10.46-52.
O CEGO FILHO DE TIMEU.

Bartimeu nos faz pensar na relação apocalíptica que fazemos entre as adversidades que passamos e a possibilidade de sairmos dessas adversidades. poderíamos dizer que talvez Bartimeu, fosse uma dessas pessoas que provavelmente já tinham perdido a esperança. Quanto tempo? Há quantos anos todos o viam ali? E o desprezo já tinha feito com que todos o conhecessem somente pelo parentesco, o filho de Timeu? 

Mas Jesus tinha agendado um encontro em Jericó naquele dia e claro que nada o impediria de passar por ali. Jesus na verdade tinha todo interesse de entrar naquela cidade, e é incrível como Jesus tem essa característica de promover as mudanças quando nós menos esperamos. Digo promover, porque na verdade, Ele entra na cidade e assim cria o ambiente de esperança, fé e motivacional para que Bartimeu compreenda que a possibilidade certa de uma mudança em sua vida aconteça.

AINDA RESTA UMA ESPERANÇA... PORQUE Jesus hoje pode esta entrando dentro dessa esfera de inquietude que cerca a nossa vida. Hoje pode ter sido o dia que ele agendou para entrar nessa nossa Jericó de inquietações. E como somos cegos, precisamos ouvir os alaridos, precisamos ouvir a voz do Espirito, precisamos deixar que os sinais em nossa volta nos diga em que momento ele passa. e tomar certas atitudes.

PRECISAMOS SALTAR LANÇANDO NOSSA CAPA PARA O LADO...Sair desse nosso estado, do nosso canto, parar de se lamentar, adubar nossa dor, chamar mais abismo sobre nosso proprio abismo, precisamos saltar para sair do buraco que provocamos em nossa vida, ou estado e dentro do qual nós mesmo caimos. PRECISAMOS SALTAR PARA ALCANÇÁ-LO. Porém, nao mais com a dor que nos identifica, com a marca que nos acompanha, com o semblante que nos denuncia, precisamos saltar para a esperança e quem tem esperança já não quer mais chorar.

PRECISAMOS NOS POR DE PÉ E NOS DIRIGIRMOS A ELE... Situações de dor, sofrimento, perda, impossibilidade, tem a tendencia de minar nossa fé de forma a nos afastar sistematicamente de Deus. Somos impelidos, por um espirito de derrota, a nos acomodarmos em nosso canto, a entrar em nossa caverna e silenciar a nossa alma. Quando na veradede deveríamos tomar uma outra atitude, correr para Cristo, Clamar por ele, pedir, insistir. Mas quando apadrinhamos nosso sofrimento e nos cobrimos com nossa dor, fica dificil crer em alguma possibilidade de mudança. Mas para aqueles que estão em Cristo sempre RESTARÁ UMA ESPERANÇA. Porque quando ele agenda um momento conosco, e isso acontece sempre, ELE.

...DESEJA NOS OUVIR. Mas o ouvir de Cristo, revela o seu caráter consolador, confortador. Ele resolve nos ouvir, porque ele pode fazer qualquer coisa que desejarmos segundo a sua vontade, por isso ele pergunta a BARTIMEU: O QUE QUERES QUE EU TE FAÇA? É o desejo dele nos socorrer em nossas aflições, é desejo dele intereferir em nossa historia, é vontade dele, nos tirar desse cenário apocalíptico. Mas ele quer traçar uma linha de diálogo conosco, e ele inicia esse diálogo de forma promissora: O QUE VOCÊ DESEJA? 

MAS É PRECISO MANTER ESSA RELAÇÃO COM FÉ. ELE PERGUNTA, ELE NOS SONDA, ELE RESOLVE. 

VÁ A TUA FÉ TE CUROU.

NAO SE DEIXE VENCER E NEM SE DE POR VENCIDO. PORÉM, SÓ HÁ ESPERANÇA QUANDO NOSSO CAMINHO SE ENCONTRA COM O DO MESTRE.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

NÃO SE SINTA PERDIDO!


Irmãos, pensem no que vocês eram quando foram chamados. Poucos eram sábios segundo os padrões humanos; poucos eram poderosos; poucos eram de nobre nascimento. Mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. Ele escolheu as coisas insignificantes do mundo, as desprezadas e as que nada são, para reduzir a nada as que são, para que ninguém se vanglorie diante dele. É, porém, por iniciativa dele que vocês estão em Cristo Jesus, o qual se tornou sabedoria de Deus para nós, isto é, justiça, santidade e redenção, para que, como está escrito: "Quem se gloriar, glorie-se no Senhor". I Corintios. 1.26-31 

Um quadro depressivo, é ver um cristão depressivo. Hoje na igreja o que mais encontramos são pessoas em estado de depressão, perdidas, sem saber para onde ir, e com as mesmas duvidas que tinham quando ainda não conheciam a Cristo Jesus, quando ainda não tinha tido nenhum contato com o Evangelho do Senhor.
Isso, na maioria das vezes acontece porque mesmo depois de conhecer a Cristo, a maioria continua correndo atrás da sua própria vontade, vivendo para si mesmas, ainda continuam pesando na balança os prós e os contra de fazer a vontade própria ou a vontade de Deus; ainda continuam avaliando, e isso bem mal, se não ganhariam mais correndo atrás do seu próprio tempo ao invés de se deixar levar por Deus nesse emaranhado de possibilidades.
O que fazer para conseguir vencer esse estado de dúvida, ansiedade, depressão, sensação de derrota pré-anunciada?
Lembre-se que segundo o texto que lemos. Lemos?
Deus não comete erros. Nem em suas escolhas e nem em qualquer outro assunto no qual se envolver. Entenda, não é que Deus não costume cometer erros. Ele não os comete. Ele é infalível nas suas escolhas e ele escolheu a mim e a você.
As escolhas de Deus têm um propósito, uma pretensão, um desejo, enfim, uma finalidade. Ele não sai por aí chamando pessoas, salvando vidas, mudando historias e depois vai ficar no seu trono tentando imaginar o que fazer de você. Ele sabe o que quer da sua vida, ele sabe o que pretende ao te chamar. Deus tem uma história para fazer através de sua vida e na sua vida, não se sinta perdido.
A vontade de Deus na maioria das vezes contraria o pensamento e a vontade humana. Quanto a isso posso dizer que ás vezes acontece, mas gostaria de dizer que na maioria das vezes acontece. Pensamos muitas vezes porque eu? Ou porque não eu? Deus escolhe as coisas loucas, e as que não são, para confundir as que acham que são. Precisamos confiar que ele não vai trabalhar na minha vida de forma que eu possa fazer uma leitura perfeita desse projeto, ele simplesmente vai fazer e me chamar a se lançar confiante nele, não sou qualquer coisa, minha vida não é um não sei o que vai dar. Deus tem um bom plano, nesse plano que as vezes penso ser loucura.
Minha chamada para ele, é para ele, não fui chamado para mim mesmo. Deus me chama para que através de mim glorifique seu nome, para que NELE e somente NELE, encontre o prazer de ser escolhido por Deus. Pare de procurar a sua vontade, deixe de se estrebuchar em seus projetos, pare de errar tentando encontrar razão, sentido, amor pela vida fora da vontade de Deus. Ele nos escolheu, e só posso dizer que no coração dele foi uma escolha: BOA, PERFEITA E AGRADÁVEL.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Temporal


O tempo continua passando:
Apesar da pressa, da correria de todos em minha volta.
O tempo não se preocupa e nem se castiga em se apressar.
Ele só passa, como corrente, como maré, como onda que se perde.
Que tudo leva, continuamente, como a vida passando, devagar.

O tempo continua fugindo:
Suas rodas estão girando, roda gigante, indo pra lugar. Que lugar?
Pra onde o tempo vai? Onde ele descansa? Pra onde ele foge?
Corremos tentando alcançar o tempo fugido o tempo perdido o tempo ido.
Ganhar o tempo. Ganhando o tempo. Correndo as horas.

O tempo está acabando:
Nas horas que passam. No filme que termina. No namoro que não vinga.
No amor que não chega. Na vida que nos deixa. Na idade que visível fica.
E o nosso tempo acaba, como um sonho bom que termina.
Mas o tempo não tem tempo pra acabar. Ele não se importa.
Não tem rumo, nem rota. Nem casa, nem onde ficar.
E as horas? É só um modo de falar.


terça-feira, 13 de maio de 2014

Até chegarmos a sarça ardente.


Texto: At. 7.20-26 – Ex. 2.11-4.11
       I.            Deixar de acreditar em nossas capacidades preterindo Deus.
Uma pessoa que é separada por Deus para uma tarefa especial esta carregada com um compromisso do qual não pode se desvincular. Podemos lembrar a situação na qual viveu o profeta Jonas, que não quis obedecer a vontade de Deus em anunciar o juízo de Deus entre os ninivitas com medo de que estes viessem a se arrepender e Deus os perdoar. Mas conhecemos a historia e sabemos com ela termina, após um tempo na barriga da baleia, ele percebeu que não tinha opção e Deus cumpriu seu propósito, entre os ninivitas e com o profeta.
Moisés era o homem preparado para a obra que iria se requerer dele, mas isso somente aos olhos do homem. Talvez o maior impedimento que havia sobre a vida dele era o fato dele acreditar que podia fazer alguma coisa, que as suas capacidades adquiridas entre os egípcios e também seus conhecimentos do povo dava a ele certas vantagens diante de seus irmãos e compatriotas.
Mas apesar de Moises ter sido educado em toda ciência egípcia, e isso não era pouca coisa, seria com ter doutorado em Harvard, os egípcios eram versados em todas as ciências da época, arquitetura, engenharia, astronomia, matemática, astrologia, medicina, entre outras ciências da época. Moisés tinha sido bem instruído, nos altos dos seus 40 anos com uma vida publica invejável, homem inteligente. É tomado pela ira quando toma as dores do seu povo. Podemos imagina que Moises tinha conhecimento claro das profecias messiânicas, das palavras ditas por José a 400 anos atrás que o povo seria libertado do Egito e que Deus iria conduzir o seu povo para a terra prometida a Abraão. Era de se esperar que ele já estivesse preparado para a obra, ou acreditasse por si mesmo que seria ele o libertador do povo das mãos dos opressores. O texto de atos 7.20 deixa isso bem claro.
ü  Somos tendentes a desejar tomar e tomar as rédeas de nossas próprias vidas;
ü  Por acreditar ou saber do que Deus tem pra nós ou para nossa família, queremos fazer uso dos nossos esforços para compensar o tempo e não nos perguntamos se é isso que Deus quer;
ü  A autoconfiança na vida do cristão, é um pecado contra Deus que quase sempre nos leva ao desespero seguinte;
ü   
    II.            Aprender na trilha da meditação.
Às vezes o caminho pra subir, é descendo mesmo. E à medida que vamos descendo, começamos a crescer em Deus, vamos desapegando dos nossos “achismos”, das nossas vontades inegociáveis, da nossa insistência de querer ditar a forma com Deus deve agir.
As ovelhas obedientes, as quais Moisés todos os dias levava para beber nos poços do seu sogro, depois com elas saiam em busca de melhores pastos, obedientes a voz do seu comando, seguindo a voz do “bom pastor”. Elas devem ter ensinado alguma coisa a Moisés nesses anos em que ele esteve ao lado delas. Ele não poderia mais ser um homem duro, querendo resolver as coisas na base da força, do empurrão, da violência; não seria sua inteligência que resolveria qualquer coisa que fosse, não ele, não o Moises a quem Deus salvou com um propósito muito especifico.
Agora ali estava ele, levando, conduzindo seu rebanho e alguma coisa dentro dele lhe dizendo o tempo todo: “você também tem um pastor; ouça a voz dele”; “aprenda com essas ovelhas, e seja obediente a Deus como elas tem sido a você; mesmo que isso te leve para matadouro, aprenda”.
A meditação, a trilha da meditação, da reflexão, muitas vezes nos conduz a esses desertos existenciais a condições difíceis, para que contemplando a nossa situação atual, possamos compara-la a antiga e a partir daí sermos conduzido por este caminho, que amadurece o coração, avalia as atitudes, soma os prós e os contra das nossas atitudes. Quantas vezes estamos cegos na nossa zona de conforto que somos incapazes de ouvir o que Deus quer de nós ou entender o caminho pra chegar ao seu coração? As condições são mudadas por Deus, ou permitidas ser mudadas a partir dos nossos erros para então podermos refletir, andar no caminho da meditação, sem interesses que nos desviem do caminho.
ü  O deserto é a terra desconhecida por nós;
ü  É o local onde geralmente não sabemos muito o que fazer, apenas aprender;
ü  É o tempo em que nossos recursos ficam escassos, nossas capacidades aprendidas na vida comum não nos vale muito;
ü  O deserto é o tempo de aprender a ouvir Deus.
ü   
 III.            Entregar a ele o que somos confiando no que ele é.
Moises é conduzido ao deserto, longe de tudo e de todos, sendo tirado dos seus, tendo aquilo que ele acreditava ser importante, tirado por um tempo, pra que subindo e descendo morro, aprendesse um pouco com o Deus que tinha muito a ensiná-lo.
Depois de 40 anos no deserto, já com seus filhos, uma vida tranquila no oficio de cuidar do rebanho, Deus se revela pra Moises mais uma vez. Agora numa situação diferente, Moises um homem mais calmo, mais reflexivo, não era mais levado pelas suas próprias emoções, não mais dado a seus rompantes de ira; tanto que a palavra vai chamá-lo de o homem mais manso sobre a terra (Nm 12:3), o contexto agora era outro, ele havia aprendido com as ovelhas, com os rebanhos a ouvindo a voz do pastor, a experiência de vida que ele tinha tido com Deus, o tempo de reflexão o permitia agora ser o homem que o Senhor desejava que ele fosse, agora Moises não estava mais no seu tempo, ele estava no tempo de Deus.
O Senhor fala com Moises do meio da sarça ardente. Sarças se queimavam com frequência, como muitas coisas acontecem todos os dias em nossa volta, esse era um evento comum no deserto na terra de Midiã. Mas Moises nota, entre o comum, aquilo que era incomum, ele estava mais perceptível às coisas de Deus e do meio da sarça Deus fala com seu filho.
ü  Deus ouviu o clamor do seu povo, o tempo de Deus era chegado, a promessa deveria ser cumprida, Abraão ainda falava. O tempo de Moises era agora.
ü  Moises não acreditava mais que fosse capaz de alguma coisa;
ü  Ele não compreendia e nem aceitava que alguma coisa ainda poderia ser feita pelo povo;
ü  Não acreditava que pudesse ser aceito, visto ter sido rejeitado uma vez como líder;
ü  Não acreditava mais nas suas capacidades e nem tinha mais recursos após 40 anos cuidando de animais e debatendo com pastores;
ü  Era agora uma pessoa simples, e rude de palavras, era um Moises novo.
Sempre imaginamos que em nossa vida com Deus ele vai usar o melhor de nós, isso não deixa de ser verdade, vai usar o nosso melhor, naquilo que ele desejar fazer por meio de nossa vida. Mas as vezes pra usar o nosso melhor, Deus permite que o nosso pior seja tirado, extraído, para que aquilo que temos de melhor venha a aparecer.
O que você em a mão? Uma vara. Jogue a no chão.

Poe a mão no seu peito. Será assim que farei. Eu Sou o Que Sou. Assim dirás aos filhos de Israel.

sábado, 19 de abril de 2014

Tema: Lançando sementes para o futuro.

Gênesis. 15.1-6



A bíblia é o livro das alianças e das promessas, quando lemos o texto bíblico nos deparamos com personagens que suportaram sofrimentos, perseguições e lutaram para manterem a sua fé. A galeria da fé em Hebreus 11, nos da a ideia exata do que é viver por meio da fé e esperar em Deus sem esmorecer.
Na vida cristã, a exemplo do que encontramos na palavra de Deus somos também motivados a continuar pela fé em Deus e firmados nas suas promessas: promessas de um mundo futuro, glorioso, onde a presença dEle será real e presente; promessas das bênçãos presentes no guardar-nos do mal, das mãos do inimigo de nossas almas, na sua presença conosco em todo tempo. São essas afirmações na palavra de Deus que tem firmado a igreja durante séculos a fio, que levou muitos cristãos a morrerem confiando plenamente no Senhor. Mas cada um de nós, possuímos promessas pessoais, na nossa relação com o Deus que é nosso Pai;, ele tem dado a seus filhos propósitos diferentes. Firmados nessas certezas, a de que Deus sempre tem o melhor pra nós: oramos, nos dedicamos, pretendemos, somos motivados a continuar, participamos de propósitos bem definidos. Mas as vezes olhamos pra frente, como olhou Abraão e parece que essas promessas estão meio anuviadas, distantes, incoerentes com o que estamos vivendo. O texto de hoje deve levar nos a compreender melhor, um pouco melhor o propósito das promessas de Deus e como nos relacionar com o Deus que pactua com seus filhos.

Depois dessas coisas: Logo após a guerra dos quatro reis contra os cinco Ló é levado cativo com seu povo, seus bens, chegando aos ouvidos de Abraão, por meio de um fugitivo, ele logo toma as dores e lembra-se de que é responsável ainda pelo sobrinho e vai ao seu socorro com duzentos dos seus melhores homens e por meio de assaltos e estratégias de guerrilha consegue derrotar um exercito mais preparado e numeroso.
Melquisedeque: Após a vitória de Abraão ele tem um encontro com o futuro, uma previa das ultimas coisas. Ele se encontra com o rei de Salém (Jerusalém), Rei e Sacerdote. É incrível notar aqui e necessário, os elementos presentes nessa ceia: Vinho e Pão. Deus confirma o propósito dele na vida de Abraão e também o abençoa naquele momento, Abraão da o dizimo de tudo que possui, reconhece o sacerdócio do Senhor, e comunga com Deus.
Não temas: Porque Abraão temeu, após tão grande vitoria, após o sacerdote ter confirmado na ceia de que Deus era com ele? Abraão temeu vingança, temeu que os homens de Quedorlaomer, viessem vingar-se, o pegassem de surpresa, sabiam seu endereço, conheciam suas terras, eram fortes. Nos parece, podemos imaginar isso, que Abraão esquece totalmente dos últimos acontecimentos e do seu encontro com o sacerdote do altíssimo e de suas palavras em seu favor. Não temas, diz o Senhor a Abraão: ¹Te Guardei durante os conflitos; ²Sou o teu galardão, tu não precisas mesmo dos despojos alheios; ³Te darei um filho varão que virá de ti e teu herdeiro não será Eliezer; Tua benção será numerosa, tua descendência como as estrelas no céu.
Impossibilidades: Durante essa visão, depois dos conflitos anteriores, Abraão é tomado por conflitos interiores, ele é movido por aquilo que todos nós somos movidos: limitações. Incapacidade de entender os propósitos, compreender a natureza e dimensão da promessa, os meios pelos quais Deus age e trabalha na historia humana. Mas a despeito de tudo isso, a palavra de Deus diz que Abraão teve fé, e isso foi acrescentado a ele como justiça, ou seja, foi justificado pela fé. Abraão ainda não era uma grande nação, ainda não tinha um grande exercito, ainda não era um povo forte, poderoso, conquistados, as famílias da terra ainda não estavam sendo todas abençoadas por meio da vida dele. Mas Abraão sabia que tudo iria acontecer.
Nem sempre compreendemos o que Deus quer de nós.
Queremos creditar a Abraão qualidades quase divinas, como se ele não fosse apenas um homem, uma pessoa como nós. Lembremos bem o que disse Tiago sobre um dos grandes profetas: homem como nós... sujeito as mesmas coisas. Não podemos divinizar ninguém, acreditar que Abraão tinham uma compreensão completa do que Deus tinha pra vida dele é pretensão. Se ele tivesse não teríamos lido a respeito de sua vida situações como a prova que ele pediu a Deus, com respeito a promesa divina: se Deus realmente vai fazer o que diz que vai, então que façamos um acordo entre as partes. Mas entender o que seria uma grande nação naquele tempo, compreender na sua totalidade o que seria ser um povo como a areia do mar, espalhado sobre a face da terra como o pó, e ser uma benção para todas as famílias da terra, é pedir demais do homem de fé. Situações como a que ele viveu, permitindo que sua esposa fosse cortejada por outro homem com medo da morte, não nos revela em nada o que é ser uma benção para todas as famílias.
Esse lado das atividades de Abraão nem de longe nos leva a questionar sua fé, somente nos leva a avaliar até que ponto realmente estamos certos sobre o que Deus requer de nós, sobre os planos dele pra nossas vidas.
Somos tendentes a acreditar sempre que Deus tem grandes coisas pra nós, e vemos isso bem expresso nos cânticos, nas palavras proféticas, que nos animam os corações, vemos isso bem expresso quando ministramos a respeito dos propósitos de Deus pra vida de cada um de nós. Mas quando partimos pra pratica a situação muda de cor, percebemos que constantemente nos perguntamos: o que Deus quer realmente de mim? Nunca paramos pra perguntar se realmente isso é mesmo necessário, se precisamos mesmo dessa prova divina. Mas dizer que isso é algo que incomoda a vida de muitos cristãos é um fato. Não importa a idade, se ta começando a viver a vida, ou a fé, se já esta na segunda parte da existência, ou com muitos anos de fé, sempre estamos incertos sobre o que realmente Ele quer. Abraão viveu isso, como todos nós vivemos, seja em que nível ou grau de duvida for. Mas tem algo que precisamos aprender sobre Abraão e suas incertezas sobre o que Deus faria e o que Deus iria requerer dele: Precisamos manter a fé.
Em alguns momentos as promessas de Deus e sua presença em nós são incoerentes com o que estamos vivendo.
Deus fala contigo hoje, na primeira investida do inimigo, primeira dificuldade parece que Ele nunca falou. Então Deus está novamente falando conosco: “Eu sou o Deus, que te tirou de Ur dos Caldeus, pra te dar por herança esta terra”. Depois da batalha contra os cinco reis, quando Abraão livre Ló e sua família da escravidão certa e de ver suas filhas e protegidos sendo vendidos pra outras nações, ele agora se ver envolvidos com seus próprios temores: primeiro de uma retaliação dos seus últimos desafetos; a compreensão de que ele era pequeno ainda naquela terra de grandes famílias; seu endereço era certo, qualquer um poderia chegar na porta de Abraão bater e invadir, porque ele não estava escondido; e por ultimo, quando as coisas que Deus iria fazer realmente aconteceriam? Era muitas questões que envolviam naquele momento a vida do pai da fé. E esses pensamentos geram temores profundos em Abraão, parece que ele se esqueceu, prontamente que ele não havia vencido a guerra sozinho, que ele não tinha tido a força em seu próprio braço, que ele mesmo sendo menor, mesmo sendo pequeno em numero, havia realizado um grande feito. O mais importante, nos parece que ele não se lembrava mais de que logo após a batalha o sacerdote do Deus Altíssimo havia estado com ele trazendo vinho e pão, confirmando assim a comunhão de Deus com a vida de Abraão. Mas os temores só o levou a questionar o motivo os porquês da vida, o fato de ele ser o homem das promessas de Deus, promessas incríveis e ter que passar por isso, questionar o porque dele também ainda não ser o grande homem, com uma grande família, como Deus prometera, há alguns anos atrás.
Às vezes a situação que estamos vivendo não condiz com as promessas que temos de Deus. Nas nossas orações, nas palavras que lemos, profecias que recebemos, as vezes a situação de nossas vidas parece desmentir tudo isso. Vivemos olhando ao nosso redor e procurando nosso Isaque, mas ainda não o vemos, e vemos nossos inimigos crescerem como tempestades que se aproximam a cada dia mais.
Nem sempre as nossas vidas, as situações que vivemos interpretam de forma precisa o que Deus tem prometido ou prometeu pra nós. Abraão ainda não era uma grande nação, mas era servo do Deus Altíssimo. Mas ele olhava pra sua vida e não conseguia ver ainda o que Deus estava fazendo e nem de que forma ele faria.
Suas bênçãos em nós podem ser para nossa posteridade.
Abraão sabia que ele não era um rapaz, que ele não estava na flor da idade. 90 anos, não é qualquer coisas (Senhor, que hás de me dar...?) ele ainda não via valor no que Deus tinha dado a ele. Dificilmente encontramos pessoas hoje em dia com essa idade. Noventa anos. Um século estava sendo inaugurado na vida daquele homem. Isso é bem mais vida do que muitos podem sonhar. Cem anos e ainda com a esperança viva em seu coração que faria diferença no mundo. Os homens como Abraão, Isaque e Jacó, entre outros, viveram na perspectiva do futuro. Foram na verdade visionários, mas não no sentido de viverem ideais impossíveis, mas visionários com base na esperança em Deus. Uma coisa, entre todas as promessas que Deus já havia feito a Abraão, algumas ele sabia que iria viver: ver Sara com o seu ventre curado, apesar da idade e carregar seu filho nos braços. Mas ele não veria a grande nação o grande povo que adviria disso tudo, não veria todas as famílias da terra sendo abençoadas pelo filho de Abraão, não veria todos os filhos na fé que ele geraria frutos da sua obediência a Deus.
Olha para os céus e conta as estrelas, se és que podes contar: assim será a tua descendência. Ele viveu olhando para um futuro que não viveria, olhando para bênçãos que não desfrutaria, obedeceu em prol dos que viriam antes dele, creu pacientemente lançando sementes em um campo onde não veria os frutos nascerem.
Pensamos nas promessas de Deus em nossas vidas em termos muito presentes. Somos tendentes a acreditar que tudo que Deus tem pra nós começa e termina em nossas vidas. Precisamos, provavelmente olhar para as estrelas do céu, conta-las, na certeza de que Deus fará coisa tal e de uma dimensão tão grande que não viveremos o bastante pra viver, mas milhares, centenas, ou milhões ou seja lá que dimensão isso terá no futuro, mas sabendo que esse futuro depende da nossa obediência no presente. Os filhos dos teus servos continuarão, e a sua semente ficará firmada perante ti. Salmos 102:28; A sua semente será poderosa na terra; a geração dos retos será abençoada. Salmos 112:2.
Devemos estar preparados pra aceitar e compreender o fato de que é bem possível que muitas das promessas de Deus pra nós, não serão desfrutadas nessa nossa existência. Mas nossa posteriadade sim, filhos, irmãos, amigos, igreja. Não podemos ver a nossa relação com Deus e as sementes que temos lançados como frutos somente pra essa tempo que consiste nessa nossa existência efêmera, aqui na terra. Sementes lançadas, frutos futuros.
Devemos aprender com Abraão, descansar em Deus como ele descansou claro, sem negar nossos temores, sem esconder nossas duvidas com o fim de que delas sejamos curados, sem negar que muitas vezes não compreendemos bem o que Deus requer ou o que ele tem nos prometido ou com ele vai realizar suas promessas em nós.